Arlindo foi à festa de despedida de solteiro de seu melhor amigo, que aconteceu em uma chácara. A galera toda estava presente e o ambiente era de total descontração. Como não poderia faltar, a quantidade e variedade de bebidas era enorme. Às 5 da madrugada, Arlindo resolveu voltar para casa, e após trafegar por cerca de 10 minutos pela rodovia, avistou o terror dos baladeiros: uma blitz policial. O rapaz começou a rezar e torcer para não ser parado, mas não teve jeito, foi sorteado. Ao parar o veículo, a primeira gafe: quase passou com o pneu no pé do policial. O guarda ordenou que ele descesse do auto. Com muita dificuldade, Arlindo ficou em pé. O pesadelo aumentou ao ouvir a frase: "Vamos fazer o teste do bafômetro". O motorista bêbado pensou: "Tô frito, minha carta vai para o beleléu". No instante que o rapaz ia assoprar o canudinho do aparelho, um caminhão bate contra ônibus do outro lado da pista. Imediantamente o policial deu a seguinte ordem: "Vá embora, preciso providenciar socorro aos feridos". "Puxa, que alívio, hoje é meu dia de sorte mesmo"...foi essa a sensação de Arlindo, que rapidamente chegou em casa. Às 11h o rapaz foi acordado pela assustada genitora, que falou: "Filho, de quem é aquela viatura da polícia estacionada dentro da nossa garagem?" As penalidades para quem dirige embriagado são pesadíssimas. O condutor, além de ter a CNH retida, veículo guinchado e apreendido, terá que pagar multa de quase R$ 1.000,00 e poderá, ainda, ser autuado em flagrante delito, passando a ter "ficha suja" na polícia. O legislador não imaginava que a vontade de beber e dirigir do motorista é tanta, que supera o medo de ser detido em estado de embriaguês ao volante. Ou seja, boa parte dos condutores de carros e motos assumem o risco de prisão, mas não perdem a mania de dirigir após beber com amigos. O uso de táxi ou ônibus resolveria toda essa problemática que gera dezenas de milhares de mortes no Brasil anualmente. Outra estratégia preventiva é sair em grupo com amigos. Aquele que estiver dirigindo assume o compromisso de não beber. Será que é tão difícil assim deixar bebida alcoólica de vez enquando, respeitando, assim, a legislação penal, além de preservar a própria integridade física, a dos amigos e de terceiros? 
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