Nos últimos anos a criminalidade tem criado inúmeros golpes com intuito de surrupiar dinheiro de vítimas que ainda insistem em confiar em estranhos. Sempre que descubro um novo formato de crime, informo, imediatamente, ao amigo leitor, como forma de diminuir a possibilidade de sucesso dos chamados estelionatários. Nesta semana tomei ciência de prática criminosa inovadora, e o foco são as pessoas que tiveram seus veículos subtraídos. Vou explicar passo a passo como funciona essa nova arapuca. Está circulando pela internet um e-mail oferecendo um tipo de serviço que aumenta a possibilidade de recuperação de carros furtados ou roubados. Através de um site bem construído, a tal empresa alega que possui agentes espalhados por todo Brasil, cuja função é procurar veículos subtraídos. O serviço, em princípio, é gratuito, mas no caso de encontrarem o automóvel, moto ou caminhão furtado, cobrariam da vítima que os contratou, 10% do valor do bem recuperado. Em seguida é solicitado que o internauta interessado cadastre seu veículo subtraído, apontando marca, modelo, cor, ano de fabricação, numeração de chassi e placa, local e data do roubo. Para finalizar, a vítima deve também digitar o nome completo, endereço e fone para contato de emergência. Feito o cadastro completo, é só esperar o resultado das supostas investigações particulares. No dia seguinte, a vítima, que efetivou o cadastro, recebe telefonema de um sujeito que confessa ser o autor da subtração do auto, dizendo estar disposto a devolver o carro em troca da quantia de R$ 500,00. O dono do carro, que não tinha seguro do bem, enxerga a possibilidade de reaver o veículo e sair do prejuízo. O malandro, percebendo o interesse da vítima, passa número de conta bancária e exige depósito em dinheiro, dizendo que somente após o valor ser creditado em sua conta deixará o auto no estacionamento de determinado shopping. A vítima, com o bandido ao telefone celular, corre para um banco 24h e faz o depósito. O marginal alega que irá sacar o dinheiro, mas na verdade não retorna mais a ligação. Conclusão: a vítima, além de não recuperar o veículo, amargou mais R$ 500,00 de prejuízo.
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